terça-feira, 7 de agosto de 2012

A VIDA NOS TEMPOS DE JESUS, SAMARITANOS.

      A posição dos samaritanos nos tempos de Jesus, é, no mínimo curiosa. Primeiramente, vamos tentar explicar a origem deste povo. Sabemos, por exemplo,  que a Samaria era uma província próximo a  Judéia,  e vizinha da Galiléia. Também sabe-se que este povo não se dava bem com os judeus, não havia uma relação amistosa entre eles. Um ditado da época de Jesus dizia o seguinte: " é melhor comer carne de porco do que um pedaço de pão dado por um Samaritano."
      A questão é: por que esta animosidade entre eles? A resposta exige que voltemos alguns séculos antes de Jesus, especificamente no século oito, quando os Assírios invadiram a região de Israel e levaram cativos os judeus, ora, aos poucos os que ficaram na sua terra, foram  , passando por um processo de miscigenação, logo, a grande acusação dos contemporâneos de Jesus é a de que eles eram impuros, não guardando as leis de Israel e contaminados na sua pureza racial. Além disso, eles adoravam no monte Gerizim, confrontado-se ,assim, com o templo de Jerusalém.
Na época de Cristo eles também lançaram ossos humanos no pátio do templo, contaminando, assim, o Santo lugar, no pensamento dos judeus da época.
      Outro motivo de contendas foi o fato de não apoiarem a reconstrução do Templo de Jerusalém.
      Ao conversar com a mulher Samaritana jesus destrói todo preconceito e revela o fato de que veio para quebrar barreiras e unir povos, mensagem ainda não entendida por muitos.
     Para pensar.
     Prof. José da Costa Moura.

sábado, 4 de agosto de 2012

A FÉ PRESSUPÕE A DÚVIDA...

     Esta é uma das frases do filósofo e teólogo francês Jacques Ellul. Ele foi uma das vozes proféticas do século vinte, escreveu sobre o Cristianismo e sobre tecnologia. Falou da tirania tecnológica. Criticou  o Cristianismo com muita propriedade. Seu livro Políticas de Deus e Políticas dos Homens é uma das pérolas da minha biblioteca pessoal. Ellul foi um pensador singular. "A fé pressupõe a dúvida, a crença exclui a dúvida, a fé não é o oposto da dúvida a crença é." Falou Ellul.
      Ora, a diferença entre fé e crença é evidente.
      A fé não é ingênua; a crença o é.
      A fé questiona;a crença aceita o pacote pronto.
      A fé aceita o sobrenatural, pois, é firme fundamento das coisas que se esperam, daquilo que não se ver; a crença se firma no material.
      A fé não é cultural; a crença é produto da cultura humana.
      A fé se firma no Totalmente outro; a crença, na figura de um totem imantado.
      A fé é firme; a crença é volúvel.
      A fé é de poucos; a crença é de muitos.
      A fé se confunde com a crença, porém, não é cultural, pois, a crença não é, a fé é, porque se firma naquele que é. 
     A fé não é interesseira; a crença é.
     A fé é triunfante, a crença é triunfalista e cheia de fanfarrice.
     Para pensar.
     Prof. José da Costa Moura.
      

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A VIDA NOS TEMPOS DE JESUS, HEBREUS, ISRAELITAS E JUDEUS.

             Os termos relacionados aos judeus na época de Cristo e imediatamente antes e depois dele possuem um significado particular. Cada um deles tem seu fundamento histórico-espiritual.
            O primeiro termo que farei menção é o de HEBREUS, citado na Bíblia e na História, muitas vezes. 
                A  palavra HEBREUS aparece no livro do Gênesis e em outras partes da Bíblia, que, aliás, possui um livro com este nome, no Novo Testamento. O conceito vem de habiru de origem mesopotâmica, cujo significado é o de peregrino, aquele que cruza. Isto fazia os israelitas lembrarem-se de que foram peregrinos no deserto. Paulo, o apóstolo, chegou a dizer : "são hebreus? eu também ".
              O conceito de israelitas também encontrado nas Escrituras, significa um descendente de Israel, o outro nome de Jacó. Um conservador dos tesouros da fé. Ser israelita era ser um filho da promessa, para o pensamento judeu.
             O termo judeu não é encontrado no Antigo Testamento, apenas no Novo. Foi adotado pelo Império Romano, tem a sua origem no fato de que eles eram os preservadores da fé. Ora, foi a tribo de Judá quem preservou os preceitos da fé quando voltaram do exílio na Babilônia, logo, ser judeu era ser descendente daqueles que haviam preservado as tradições de Israel e tinham ficados firmes na santidade e obediência a Javé.
               Para pensar.
               Prof. José Costa.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A VIDA NOS TEMPOS DE JESUS, PALESTINA.

          Curiosamente, o termo Palestina não se encontra na Bíblia. A versão latina da Bíblia, a Vulgata, de Jerônimo, século quarto lV, fala dos palestinos e do país onde vivem, no entanto, não se refere a  Palestina. Este era um termo desconhecido para as pessoas nos tempos imediatamente antes de Jesus e também para os seus contemporâneos. A Palestina fica no atual Oriente Médio, ou Oriente Próximo. Como todos sabem, não é um país reconhecido oficialmente.
       Ora,  se os contemporâneos de Jesus não possuíam esta consciência, ou melhor, este conceito, como então era chamado território onde viviam? Terra de Canaã era um termo usado pelos patrícios de Jesus, isto lembrava, evidentemente, o território ocupado pelos cananeus, nos tempos de Moisés, Josué, os juízes de Israel, etc. Evocava o fato de que os cananeus eram descendentes de Cão filho de Noé e amaldiçoado por ter visto o seu pai desnudo, segundo o livro de Gênesis. Os israelitas tinham conquistado o território prometido a Abrão, posteriormente chamado de Abraão. Era, portanto, a Terra Prometida.
         Terra Santa também era um termo usado, outro conceito era a terra de Israel, terra de Deus e terra de Judá, significando não só a parte da Judeia bem como toda a Palestina. Tudo isto possuía significado profundo para os judeus nos dias de Jesus.
        Vale lembrar que, o termo palestina foi imposto pelo Império Romano, termo que já era usado pelos gregos, sua origem remonta aos filisteus, palestinos, o todo passou a  chamar-se pela parte, pois, palestinos eram os filisteus da costa da Judeia. 
         PARA PENSAR.
         PROF. JOSÉ COSTA.

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