sexta-feira, 7 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, PERSEGUIÇÃO SOB DOMICIANO.

      No final do primeiro século, especificamente no ano de 81 d.c. subiu ao poder Roma o Imperador Domiciano. De fato, seu nome era Flávio Tito Domiciano. Este novo governante romano desatou a perseguição contra os cristãos, depois de um período de relativa paz  
      Sabemos que Domiciano era amante das glórias romanas, ou seja, ele admirava o poder romano, a sua cultura, os seus deuses, enfim, era um amante da mentalidade romana. Para ele, os cristãos eram um povo amante da ignorância, bárbaros. A perseguição aconteceu por causa de basicamente dois motivos: o primeiro deles era o fato de que este novo Imperador pretendia restaurar as glórias de Roma, seus cultos, suas divindades seus costumes, etc. Além disso, parte desta política consistia na divinização do Imperador, portanto, quem se opusesse a esta mentalidade seria perseguido. Ademais, Domiciano amava a cobrança de impostos. Conforme já vimos, a política romana era a de que o Império precisava dos impostos para manter a ordem. Quando Jerusalém foi destruída por Tito, no ano 70 d.c., Roma passou a exigir que os fundos judaicos que eram enviados a esta cidade, passasse a ser investido em Roma. Judeus não compartilhavam desta ideia, e, como os cristãos e os judeus eram confundidos pelo Império, desatou-se a perseguição.
      Domiciano reinou durante sete anos em Roma, e, depois foi assassinado. Os cristão gozaram de um período de paz após sua morte. No seu governo João aparece exilado na ilha de Patmos, conforme vemos no Apocalipse.
        Um pouco de História da Igreja. Para Pensar. Prof. José Costa.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA. RUMORES CONTRA OS CRISTÃOS.

      A perseguição desatada contra os cristãos pelo Império Romano teve como base algumas acusações. Era política do Império tolerar as várias religiões. Roma praticava uma política de pacificação, desde que os impostos fossem pagos. A partir da segunda metade do século primeiro, no entanto, com o imperador Nero, houve um longo tempo de perseguições, com períodos de relativa paz.
      Os rumores contra os discípulos eram muitos. Em primeiro lugar, eles foram acusados de ateísmos. Ora, num período no qual o Imperador era objeto de divinização, todo aquele que se recusasse a sacrificar aos deuses e ao líder romano era taxado de traidor. Ademais, eles eram acusados de traição contra o Sistema dominante. Os deuses romanos tinham cara, possuíam um rosto, o Deus dos cristãos, no entanto, não possuía forma alguma, logo, eram acusados de adorar um deus invisível, ou, pelo menos, um Deus sem forma ou inexistente. Ademais, havia rumores de que praticavam orgias fraternas, pois, eles chamavam-se a si mesmos de irmãos e casavam com os seus "irmãos". Outra acusação era a de que os discípulos de Jesus banqueteava-se com uma criança recém- nascida, pois, na ceia, comiam a carne e bebiam o sangue de um tal menino Jesus. Alguns Imperadores acusavam os cristãos de atrair a ira dos deuses romanos, principalmente em tempos de terremotos e outras calamidades. Conforme veremos, esta foi a acusação encetada por Marco Aurélio, no segundo século.
      No próximo artigo, falarei sobre a perseguição desatada por Domiciano, no final do primeiro século.
         Falando sobre História da Igreja, Prof. José Costa.
         Para pensar.
        
      

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, A PERSEGUIÇÃO SOB NERO.

       A partir da segunda metade do século primeiro, o Império Romano começou uma perseguição aos cristãos que perdurou por cerca de dois séculos e meio. Houve tempos de relativa paz. Nem todos os imperadores perseguiram os cristãos, porém, alguns Césares desataram a perseguição.
      Nero foi um Imperador que, no começo do seu governo, realizou algumas obras que favoreceram os romanos. Foi generoso com os pobres e não parecia ser o surtado que veio a tornar-se. Chegou ao poder no ano de 54, através da ajuda de sua mãe, Agripina, que, após o assassinato de Cláudio, levou o filho ao poder. Após um período de governo relativamente generoso, o Imperador Nero surtou, matou a própria mãe, Agripina, e pretendia ser um artista, um literato. Ele foi deposto pelo Senado no ano de 68, logo após, suicidou-se.
           No ano de 64 houve um grande incêndio em Roma, vários bairros da cidade romana foram incendiados. Diferente do que se pensa é possível que Nero não tenha colocado fogo na cidade para depois atribuir tal culpa aos cristãos. Um historiador romano, Tácito, diz que, possivelmente, o incêndio tenha acontecido acidentalmente, começando em um depósito de azeite. Todavia, não há como ter certeza. O fato é que o líder romano passou a ser alvo das suspeitas, pois, surtado como estava e sem crédito perante a população, ele foi o principal suspeito. Depois de tantas acusações, era necessário um bode expiatório. Os cristãos passaram a ser alvo de perseguição. A perseguição foi localizada, ou seja, não ocorreu em todo Império, porém, a importância do decreto é tão grande, que, conforme veremos mais adiante, depois que ele foi deposto pelo Senado, a lei da perseguição não foi abolida, de tal modo que, quando algum Imperador pretendia perseguir os cristãos, recorria a lei de Nero. Posteriormente, falaremos sobre os motivos da perseguição aos cristãos e também falaremos sobre as perseguições posteriores.
             Falando sobre a História da Igreja, Prof. José Costa.
             Para pensar,
            

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS .

      No primeiro século da era cristã os discípulos de Jesus foram duramente perseguidos, e esta perseguição estendeu-se até o quarto século, conforme veremos mais adiante. A princípio, o Império Romano não foi o sujeito da perseguição, ela foi provocada pelos judaizantes. Ora, quando lemos o livro de Atos vemos que a incipiente igreja foi perseguida pelos judeus pedrados, principalmente os mais radicais entre eles. Paulo, antes de se converter ,foi um exemplo de perseguidor da igreja. Para os judaizantes, esta " nova mensagem" era um quisto que precisava ser extirpado. A Palestina estava subjugada aos romanos, pensavam eles, por causa da ira de Deus, e se esta nova doutrina se difundisse rapidamente, Deus ficaria muito mais irado, portanto, era necessário fazer um "serviço divino", acabar com estes perturbadores e desobedientes da lei de Deus. Este era, com efeito, o pensamento judaizante mais radical.
       É por este motivo que o Sinédrio ( já falamos sobre ele em outro artigo) prende Pedro, persegue e mata Estêvão e, quando Paulo (Saulo), pretende ir em busca de cristãos eles dão total apoio a esta empreitada. Era o "zelo da obra de Deus". pelos menos era o que eles pensavam, pedrados e arrogantes que estavam. Cheios de religiosidade e sem nenhuma vida no coração. No próximo artigo discorrerei sobre a perseguição iniciada pelo Império Romano.
       Quem lê, entenda.
        Prof. José da Costa Moura.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA. OS APÓSTOLOS

      O que ocorreu com os Apóstolos de Jesus depois que ele morreu e ressuscitou? Existe algumas informações históricas que podem trazer luz sobre a questão. É certo que alguns ficaram em Jerusalém, conforme já vimos. Tiago, o irmão de João, foi morto por Herodes Agripa, segundo o Livro de atos informa. Pedro, um dos Apóstolos que foi transformado em primeiro Papa pela igreja, fato não verídico conforme veremos posteriormente, foi martirizado  em Roma sob a perseguição de Nero. Segundo testemunhos, morto de cabeça para baixo em uma cruz. O caso de Paulo indica que ele morreu em Roma também sob a perseguição de Nero (posteriormente falaremos desta questão).Morreu decapitado. O livro de Atos nos mostra ele preso em Roma, segundo os historiadores ele teria sido solto, e, posteriormente, preso novamente e morto.
      Testemunho históricos dão indício de que Tomé teria chegado a Índia e fundado uma igreja durante o reinado do rei Gondofares, embora exista algumas lendas e mitos em torno da sua pessoa.
    João é mostrado na ilha de Patmos já velho e exilado sob o governo do Imperador Domiciano. É possível que tenha sido solto, porém, não há prova concludente. Outra tradição indica que ele teria morrido colocado em um caldeirão de azeite que fervia. É possível que teria sido bispo de Éfeso.
     Tiago, o irmão do Senhor, foi morto na década de 60 da era cristã. Embora muitos hoje queiram se colocar como Apóstolos, de fato, não são. São mercadores da fé e manipuladores das massas. verdadeiros mercantilistas.
        Para Pensar , Prof. José Costa.

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, A IGREJA DE JERUSALÉM.

      É certo que havia uma igreja em Jerusalém. O livro de Atos dos Apóstolos nos mostra uma comunidade estabelecida, gozando de relativa liberdade. Seus líderes eram alguns Apóstolos, entre eles Tiago, o irmão de Jesus. João e Pedro também são mencionados. Não há dúvidas de que ela possuía alguns problemas a serem resolvidos. No livro de ATOS DOS APÓSTOLOS é narrada uma querela acerca das distribuições das cestas básicas. As viúvas dos judeus não helenizados eram favorecidas pelas divisões dos alimentos. Foram estabelecidos diáconos para cuidar das questões, enquanto os Apóstolos cuidavam da propagação da mensagem. Questão resolvida.
    Outro entrave a ser resolvido foi o problema da entrada dos gentios na igreja, conquanto Jesus tivesse dito que deveram sair de Jerusalém, eles eram ainda pedrados demais para compreender tais palavras. Foi necessário a morte de Estêvão para que a comunidade saísse de Jerusalém.
       Esta igreja foi, aos poucos,se estabelecendo, porém, no ano 70 d.c. com a destruição de Jerusalém por Tito,general romano que viria a ser imperador, ela mudou-se para outra cidade. Tiago, o irmão de Jesus, havia sido morto pelo sumo - sacerdote. Ela conseguiu sobreviver até o século quinto da era cristã.
        Um pouco de História da igreja.
        Para pensar. prof. José Costa.

sábado, 1 de setembro de 2012

BREVE HISTÓRIA DA IGREJA, UMA INTRODUÇÃO

      Em um contexto no qual o Império Romano dominava, a igreja mergulhava na mensagem. Em Roma predominava o culto ao panteão de deuses. Do Egito vinham os adoradores de Ísis e de Osíris. Mitra era uma divindade Persa, segundo o mito, ele teria matado um touro  divino símbolo das forças do caos. Os adoradores de Mitra eram iniciados em rito no qual banhavam-se em sangue. Ademais, existiam filósofos epicureus e estoicos com suas reflexões.
      Os epicuristas pregavam o bom prazer, e os estoicos a ausência total das paixões. O Império Romano tolerava as várias tendências religiosas e pensamentos vários. O culto ao Imperador era fomentado. O Judaísmo estava cada vez mais disposto a perseguir os cristãos, endureciam cada vez mais. Afinal de contas Deus estava irado com a Nação judaica, pois, Roma estava subjugando o povo de Deus, portanto, a sua ira iria aumentar por causa destes cristãos que pregavam um Messias nazareno. Assim estavam as coisas  nos primórdios da igreja, este era o contexto histórico do primeiro século.
       Este é o início de uma breve História da igreja cristã, que iremos ver.
          Para pensar, prof. José Costa.

JESUS, QUEM ERA ELE?

      Quem era o judeu que há cerca de dois mil anos atrás andou pela Palestina? ensinou, curou, perdoou e, por fim, morreu na cruz. Ele era um judeu entre judeus. Vestia-se como judeu, alimentava-se de pão, vinho, peixe, frutas, típica alimentação judaica da sua época. Participava das festividades do seu tempo, de fato, ele era o cumprimento destas festas. participou de casamentos, visitou amigos, aprendeu o ofício do seu pai terreno, era carpinteiro. Tradições do segundo século, colocadas por Justino o Mártir, diz que Ele era visto com uma apara de madeira atrás da orelha, símbolo do ofício de carpintaria. Ele sem dúvida falava o aramaico e o hebraico. Conhecia a Torá. Teve alguns irmãos. Morava em uma casa simples, em forma de um cubo. Nasceu em Belém, porém, foi criado em Nazaré da Galileia, daí o seu apelido : galileu. Usava barba, costume judaico, cabelo relativamente longo, uma túnica sem costura. Sua pele era provavelmente muito bronzeada pelo sol palestino. Nunca escreveu um livro. Nunca saiu para viajar pelos rincões do mundo. Não frequentou as escolas filosóficas gregas. Satirizou Herodes Antipas, chamando-o de aquela raposa. Ficou calado diante de Pilatos, quando este o interrogou-o. Cumpriu a profecia: como um cordeiro mudo diante de seus tosquiadores. Seu nome é usado por muitos atualmente, para manipular as massas. Irou-se diante da mercantilização da fé, no templo. Fato que se repete hoje em dia. Era o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. É a verdade em forma de pele e de nervos, a verdade com cara de gente e cheiro de judeu suado. A sua ressurreição é a garantia da ressurreição de muitos. Este é Jesus.
     Para pensar.
     Prof. José Costa.

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O CRISTÃO ARRELIGIOSO E A IGREJA DEBUTE.

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